ESTRICNINA
É possível fazer o diagnóstico baseando-se no historial de ingestão e no aparecimento de rigidez e contrações musculares generalizadas, acompanhados por hipotermia, acidose láctica e rabdomiólise.
A estricnina é um potente agente convulsionante. A intoxicação por estricnina pode ser confundível com patologias como a epilepsia, o tétano, a meningite, a intoxicação por cocaína, a exposição a hidrocarbonetos clorados, cianeto, organofosfatos, entre outras.
Diagnóstico
Daí que um dos primeiros passos a fazer no diagnóstico é de tirar qualquer dúvida que se trata realmente de uma intoxicação por estricnina e não de uma intoxicação por outra substância ou de se tratar de outra patologia.
A estricnina pode ser medida quimicamente. Porém, são raras as situações em que se faz uma vez que não há tempo para executar este procedimento antes do tratamento por se tratar de uma intoxicação que rapidamente pode levar à morte se não receber assistência rápida.
A estricnina pode ser encontrada na urina, sangue e no fluido gástrico.
Na análise química em casos de intoxicação iremos então encontrar valores elevados no soro de creatina (CPK) e aspartato aminotransferase (AST). Os níveis de lactato desidrogenase (LDH) também estarão elevados.
Durante a intoxicação por estricnina, a vítima permanece consciente durante as convulsões, o que não acontece no caso da epilepsia. Daí ser um bom indicador para diferenciar as duas situações.
A ausência de febre e o aparecimento repentino de convulsões excluem a hipótese de meningite e de meningoencefalite.
[1-3]
[1] - Makarovsky I, Markel G, Hoffman A, Schein O, Nissimov TB, Toshma Z, et al. Strychnine – A killer from the past. Toxic chemical coumpounds. 2008, 10: 142-45.
[2]- Wang Z, Zhoa J, Xing J, He Y, Guo D. Analysis of Strychnine and Brucine in Postmortem Specimens by RP-HPLC: A Case Report of Fatal
Intoxication. J. Anal. Toxicol. 2004; 28: 141- 4.
[3] http://www.inchem.org/documents/pims/chemical/pim507.htm, acedido 01/05/2013.