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Tratamento

"A ciência é o grande antídoto do  veneno, do entusiasmo e da superstição"

Adam Smith

​Cure, where are you

Ainda não é conhecido atualmente um antídoto específico para a estricnina, daí o tratamento passar essencialmente pelo alívio dos sintomas.

O paciente deve ser mantido num ambiente escuro e calmo e o vómito não deve ser induzido pois pode causar asfixia.

A atividade espásmica,é usualmente tratada com benzodiazepinas intravenosas, como o diazepam e o midazolam ou com um barbitúrico de curta duração. Se o tratamento não for eficaz, o paciente deve ser sedado e paralisado usando para tal efeito bloqueadores neuromusculares como por exemplo o pancurónio, seguido de ventilação.


A introdução do tubo nasogástrico deve ser evitada pois pode desencadear um novo ataque de espasmos.


Como esta substância é de rápida absorção, quando o paciente chega às urgências é desnecessário fazer uma lavagem gastrointestinal pois é muito improvável encontrar esta substância no estômago.

 

A hipertermia deve ser tratada recorrendo a banhos de imersão de água fria ou a cobertores arrefecidos ou mesmo a ambos, dependendo da elevação da temperatura registada no paciente. Em casos graves, esta situação pode ser controlada com dantroleno de forma intravenosa.

Como já foi referido, a rabdomiólise e acidose metabólica podem ocorrer secundariamente aos espasmos musculares severos, sendo importante a monitorização do paciente, bem como a correção destas condições atempadamente.

Dever-se-á fazer a monotprização dos níveis de lactato desidrogenase, de creatinina fosfocinase, aspartato aminotransferase, mioglobina na urina, assim como os tempos de coagulação durante as próximas 24-48 horas que se seguem ao caso de intoxicação. É de salientar que a excreção de urina deve ser promovida.


   

Concluindo:

É necessário realçar que apesar do envenenamento por estricnina ser, muitas vezes, fatal, o tratamento rápido e agressivo pode, efetivamente, salvar vidas.

[1-3]

[1] - Makarovsky I, Markel G, Hoffman A, Schein O, Nissimov TB, Toshma Z, et al. Strychnine – A killer from the past. Toxic chemical coumpounds. 2008, 10: 142-45.

[2]- Wang Z, Zhoa J, Xing J, He Y, Guo D. Analysis of Strychnine and Brucine in Postmortem Specimens by RP-HPLC: A Case Report of Fatal

Intoxication. J. Anal. Toxicol. 2004; 28: 141- 4.

[3] http://www.inchem.org/documents/pims/chemical/pim507.htm, acedido 01/05/2013.

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